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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Sobre a Disciplina desta Igreja Apostólica

Um trecho da Mensagem de nossa querida Missionária Odete Corrêa Coutinho:



"Numa reunião com alguns obreiros, num dado momento Ela (Santa Vó Rosa) resolveu mandar todos dançarem. Quantos se lembram disto?! Então Ela falou baixinho pra mim (eu estava sentada perto d'Ela) 'a senhora quer ver uma coisa? Nota bem!'. Aí, ela foi e disse: "Hoje eu quero ver todos dançarem", e foi citando os passos. Eu vou falar alguns nomes que eu lembro: A Maria fulano dançou com o Fulano e assim por diante; e outros dançaram E Ela quando os pares passavam por nós, Ela dizia 'Nota bem. Tem algumas que mal arrastam o pé, mas tem algumas que dançam mesmo, de verdade[...] e olha como se rebolam! Quer dizer que se Eu abrir mão vai ser um baile daqueles'. Pois chegou um momento e Ela parou com o baile. Não teve música não, era só a dança. Depois Ela falou que tinha feito aquilo para experimentar os corações. Ela explicou para mim e mais para o Bispo. O Bispo estranhava certas coisas e depois é que ele ia entender. Eu sempre tive o espírito mais aberto e mais claro, embora sempre tenha parecido mais rude. Paciência! Cada um parece, muitas das vezes, aquilo que não é. Mas eu a entendia muito bem e confiava muito n'Ela como sempre confiei e confio. Então eu não estranhei aquilo. Mas depois, a sós, Ela nos explicou que Ela fez aquilo para ver quantos ainda tinham o seu coração preso no passado em certas coisas do mundo. E Ela disse 'DAÍ O RIGOR DA DISCIPLINA, PORQUE SE ABRIR MÃO É QUESTÃO DE DIAS E ELES ESTARÃO NUM SALÃO DE BAILE".
Semelhante o Irmão Aldo fez em permitir durante alguns meses a permissão do futebol para experimentar os corações, mas alguns abusaram e montaram futebol organizado, o que já foi abuso.
Quem possuir espírito aberto saberá receber estas palavras!

Fraternalmente,

Blog Avante Povo Apostólico

Relações humanas e a tecnologia

Mesmo com os avanços das tecnologias digitais, a melhor forma de expressão de afetos continua sendo a simples presença, os olhos nos olhos, as expressões faciais, o tom de voz, o contato físico. Esses gestos são sempre atuais a toda existência humana.


O avanço tecnológico, com todo conforto e praticidade oferecidos, trouxe, por outro lado, um distanciamento crônico e irreversível dos contatos interpessoais. As pessoas estão distantes umas as outras, e, muitas das vezes, com uma frequência assustadora vamos encontrar até mesmo em uma mesma residência as pessoas se comunicando apenas e tão somente pelas redes sociais da internet. E na medida em que até mesmo as trocas afetivas transpassam pela internet, temos uma condição de um distanciamento interpessoal cada vez mais distante do senso de humanidade(...). Torna-se cada vez maior o número de pessoas que reduziram suas possibilidades de vida apenas e tão somente aos recursos da internet. Assim, desde compras até busca de lazer e entretenimento, tudo, absolutamente tudo, é feito pela internet (ANGERAMI-CAMON, 2012, p. 44-45).

Fiz questão de iniciar com a citar as palavras do psicólogo Angerami-Camon, pois elas traduzem um cenário preocupante no que diz respeito às relações humanas diante do uso prejudicial das tecnologias digitais bem como as redes sociais digitais. A cada dia as ferramentas digitais parecem distanciar o homem de si, dos outros e do mundo que o cerca.
Hoje assistimos uma luta global¹: eu-no-meio da tecnologia que, em partes, destroi os encontros afetivos; o homem disputa com a tecnologia para existir. Porém, há uma distinção básica na relação entre o ser humano e o outro ou as coisas do mundo: eu devo viver-com e não viver-para. É essencial saber disso. Será que estou vivendo-para-o-outro, para as coisas, para curtidas nas redes sociais virtuais ou, estou vivendo-com-o-outro e com as coisas, mas vivendo-para-si? Pare, pense e reflita.
Segundo Morato (1987), a ciência e a tecnologia trouxeram muitos avanços: a mobilidade, a comunicação que atravessa distâncias, por exemplo, mas que ao mesmo tempo prejudica os encontros afetivos. Essa mesma tecnologia contribuiu para a desumanização do homem, ameaçando-o com o aniquilamento e destruição. Daí percebe-se o quanto os avanços tecnológicos tomam conta da nossa vida, quando na verdade a nossa vida deveria tomar conta da tecnologia.
Onde estão aqueles momentos em que toda família senta à mesa para desfrutar dos alimentos, olhar entre si e falar sobre coisas do dia a dia? A tv, os celulares, os notebooks e outras tecnologias nos afastam desses encontros. A gente se encontra com a tecnologia e se afasta de quem está ao nosso lado - isto é desumanizador e, às vezes, fazemos isso sem o perceber. Lembre-se: a tecnologia não pode substituir o calor humano, isto é, quando este for possível (em tempos de pandemia, mais raro ainda). Que tal permitir se presentear com encontros afetivos, você com o outro? São os encontros afetivos que nos tornam mais humanos, vivos.
Angerami-Camon (2012) sublinha que nesse contexto de distanciamento afetivo, a psicoterapia surge como possibilidade de resgate de nossa humanidade, fazendo novamente nossos corações pulsarem na vibração humana. Somos afetados pela simples presença do outro que evidencia a soberania humana diante das tecnologias digitais.

¹ Há alguns anos, menos de duas décadas, muitos de nossos quintais eram separados apenas por cercas de madeira: ela nos separava do nosso vizinho, definia uma fronteira, mas permitia que víssemos, trocássemos conversas e até alimentos. Hoje, vivemos, literalmente, aprisionados por muros e grades. Vivemos em tempos de "cada um no seu canto", infelizmente, talvez, devido ao aumento das violências e da criminalidade - o que podemos fazer com isso?

Fonte:

ALMEIDA, M. D. S. de. O seringueRREiro: algumas considerações de psicologia existencial. Rio Branco: EAC editor, 2016.